quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Currículo

Currículo
A tradição escolar sempre apresentou as teorias do currículo como algo isolado e estanque, algo desprovido de significações mais profundas que pudessem contribuir para o desenvolvimento das capacidades intelectuais e cognitivas de cada aluno em particular. O currículo escolar era simplesmente considerado como uma seriação de conteúdos escolares em que cada unidade curricular (disciplina) era estruturada e detalhada de acordo com as exigências e normas da instituição de ensino. O currículo caracterizava-se pelo modo próprio de ser de cada escola, pelo bom funcionamento de suas atividades e pela forma padronizada de se trabalhar com a educação e com seus pacientes mais imediatos: os alunos. Dessa forma, se a estrutura planejada no início do ano, a que foi estabelecida no projeto político pedagógico de cada escola, estivesse sendo rigorosamente obedecida, significava que o plano curricular estava sendo bem formado e coerentemente respeitado em suas determinações.
Mais modernamente têm-se as novas teorias de currículo escolar que se nos apresentam como um recurso, não de resistência, mas de acréscimo àquelas já existentes e que buscam dar conta de um universo educacional mais extenso, mais amplo. O currículo escolar atual não é, portanto, o mesmo proposto pela tradição escolar e conservado de igual maneira por todas as escolas. Pode-se mesmo dizer que, na era da tecnologia, o currículo escolar se forma a partir das necessidades de cada escola e de cada aluno. Neste sentido, o currículo escolar passa a ser definido como sendo todas as situações vividas pelo aluno dentro e fora da escola, seu cotidiano, suas relações sociais, as experiências de vida acumuladas por esse aluno ao longo de sua existência, as quais contribuem para a formação de uma perspectiva construcionista educacional. É importante dizer que, para a formação do currículo escolar individual de cada aluno, a organização da vida particular de cada um constitui-se no principal instrumento de trabalho para que o professor possa explorar no desenvolvimento de suas atividades. Logo, o que se quer dizer é que a escola deve buscar na experiência cotidiana do aluno elementos que subsidiem a sua ação pedagógica e, ao mesmo tempo, recursos que contribuam para a formação do currículo escolar dos educandos.

PENSANDO SOBRE AS POSSÍVEIS MUDANÇAS E CONTRIBUIÇÕES DAS TECNOLOGIAS

Pensando Sobre as Possíveis Mudanças e Contribuições das Tecnologias

Professores de todos os níveis de ensino vivenciam grandes mudanças forçadas pela chegada dos “nativos digitais” às escolas. São crianças, adolescentes e jovens nascidos depois de 1990 e que, mesmo diante das desigualdades socioeconômicas, foram expostos desde muito cedo às mais recentes Tecnologias e Comunicação (TIC).
Levando-se em consideração que a informação está sendo criada e recriada a uma velocidade e num volume jamais vistos, não é mais passível fugir da necessidade de aprender definir bem os que são habitantes nativos da linguagem própria dos computadores, telefones móveis, videogames e internet, pois permite estabelecer sua contraparte, os imigrantes digitais, como a geração que não conheceu essas possibilidades em sua infância, tendo que se adaptar ao novo contexto.
As pessoas aprendem de forma diferente em tempos de convergência digital. O significado de conhecer mudou, pois ao invés de ser capaz de lembrar e repetir tente na busca e na utilização das mesmas. A web 2.0 fez chegar com mais clareza o tempo da chamada cognição distribuída, o modelo de relação sociais fundado na colaboração coletiva, tal como se pode exemplificar com os crescentes movimentos de recursos educacionais abertos.
Existem uma cultura característica da internet que se constrói com a participação de todos os protagonistas, inclusive pelo fato de selecionar e classificar algumas dentre todas as fontes que dispõem, contribuindo com a circulação criativa de informação sobre a qual nenhum individuo ou instituição tem o domínio exclusivo.
A instituições educacionais que se interessam em manter a relevância precisam assumir dentre os fundamentos de suas estratégias que há novos tipos de estudantes, de diferentes idades e classes sociais, interessados em avanças em seus estudos. Em quaisquer dos casos, a adoção das TIC e a mudança dos parâmetros antiquados sobre ensino e aprendizagem tornam-se urgentes. É uma revolução em andamento.

sábado, 6 de novembro de 2010

atividade 2B

PLANO DE AULA /OFICINA DE MATEMATICA

CURSISTA: Priscila Xavier de Souza

MODALIDADE DE ENSINO: Ensino Fundamental - 1º ao 5º ano

COMPONENTE CURRICULAR: Matemática

TEMA: GEOMETRIA (ÂNGULOS, PERÍMETRO E ÁREA)

DURAÇÃO DAS ATIVIDADES: 8 aulas

DADOS DA AULA

No cotidiano de sala de aula nas turmas do Programa Circuito Campeão a realização das atividades propostas nessa oficina deverão ser planejadas para serem desenvolvidas no decorrer do segundo semestre com as adaptações nas turmas de 1º ao 5º ano.

OBJETIVOS
 Compreender o conceito de ângulo, relacionando à idéia de giro;
 Identificar os elementos de um ângulo: lado e vértice;
 Medir ângulos com o auxilio de transferidor (molde);
 Identificar ângulos reto, agudo e obtuso, raso, nulo e giro;
 Classificar os polígonos de acordo com os lados;
 Calcular o perímetro de figuras com números inteiros na medida dos lados;
 Medir a área dos polígonos.

MATERIAL NECESSÁRIO
 Cópia da seqüência didática da Oficina;
 Envelope contendo as peças do Tangram;
 Envelope com um jogo de memória;
 01 círculo tamanho médio para cada participante;
 01 avental para o formador usar (figura do tangram);
 Data show (apresentação) Oficina de Matemática;
 Transferidor feito de dobradura;
 Folhas de papel chamex para todos os participantes;
 Labin.

SEQUENCIA DIDÁTICA
Etapa 1: Diálogo introdutório

1º MOMENTO - Apresentação da imagem, sobre o tema, em data show.
Podemos observar a presença de formas geométricas nas obras de vários artistas.
A imagem é a reprodução de uma tela “A GARE” de Tarsila do Amaral, pintora brasileira nascida em 1886, no município de Capivari (SP).
Nessa tela, Tarsila retrata o espaço urbano usando algumas formas geométricas e um colorido vivo e alegre.

2º MOMENTO - Explorar o que a turma conhece previamente sobre figuras geométricas, fazendo uma leitura da imagem. (Pergunte quais figuras geométricas eles conhecem).
Quais polígonos você visualiza nessa imagem?
E sólidos geométricos?
Quais outras figuras podem observar?
E linhas, é possível observar? Como são as linhas?
Olhando as paredes, janelas, portas, piso, telhado, colunas, quantos ângulos de 90º você vê? É um dos ângulos mais comuns com que se trabalha. Usamos ângulos retos o tempo todo. Veja quantos exemplo podemos contar nessa imagem.

Etapa 2: Contato com o Tangram.

 Distribuição do envelope contendo as sete peças do Tangram para os participantes.
 Solicitar para os participantes observar a quantidade de peças, número de lados de cada figura, e identificar os nomes de cada polígono. ( quadrado, triangulo e paralelogramo).
 Chamar atenção para os elementos que constroem um polígono: lados e vértices
O Tangram é formado por sete peças, são elas:
05 triângulos: 2 grandes, 1 médio e 2 pequenos;
01 quadrado;
01 paralelogramo

Etapa 3: Contextualização

O nome Tangram significa “Tábua das Sete Sabedorias”. Não se sabe ao certo em que período surgiu esse jogo e nem quem o criou, mas diz a lenda que no século XII um monge taoísta deu ao seu discípulo um quadrado de porcelana, um rolo de papel de arroz, pincel e tintas e disse para ele viajar pelo mundo e anotar tudo que visse de belo e depois voltasse. O discípulo ficou tão emocionado com a tarefa que deixou cair o quadrado de porcelana partindo-o em 7 pedaços. O discípulo, tentando reproduzir o quadrado, percebeu uma imensidão de belas e conhecidas figuras feitas a partir das 7 peças. Assim, percebeu que não precisava mais correr o mundo, pois tudo que era belo poderia ser formado pelas 7 peças do Tangram.
Além do aspecto lúdico do jogo, o Tangram pode ser explorado no ensino da Matemática. Ele pode ser utilizado em diferentes conteúdos como área, perímetro, razão, proporção, fração, multiplicação, divisão, semelhança, simetrias, transformações isométricas, etc. Pode ser explorado também em interdisciplinaridade com as Ciências, Artes e História. São inúmeras as possibilidades exploratórias do Tangram utilizando-se de material concreto de manipulação. No entanto, o uso do ambiente computacional pode ampliar ainda mais as potencialidades pedagógicas do Tangram.
Os objetos em nossa volta têm comprimento, largura e altura, e ocupam uma posição no espaço. Em nosso local de trabalho, as pessoas com freqüência tomam decisões baseadas no que conhecem sobre figuras geométricas e formas. Os construtores medem ângulos para construir uma casa. Os engenheiros decidem quais ângulos usar para a construção de uma curva de uma estrada. Os jardineiros planejam a forma e a disposição dos canteiros de flores. Os cortadores de modelos (em tecido, madeira ou metal) trabalham formas para, dessa maneira, desperdiçar a menor quantidade de material.
A maioria das profissões, principalmente a construção civil, utiliza-se de ângulos retos, ou 90º.
Etapa 4: Ensinando a manusear o transferidor (molde)
 Distribuição de um círculo para os participantes.





Pegamos um círculo e dobramos ao meio.











Dobrando ao meio novamente...







....vamos encontrar “ cantos retos”...


 Solicitar para os participantes dobrar mais uma vez o molde a cima.
Depois traçar retas nas dobras de cores.
 Pedimos para os cursistas colocarem seu lápis deitado sobre uma das retas desenhadas e fixarem uma das extremidades do lápis no ponto de encontro das retas. Depois, eles giraram o lápis na direção da outra reta, passando pelo interior do ângulo. Observando o movimento do lápis foi possível definir ângulo com eles e, além disso, mostrar-lhes que ângulo é a abertura entre as retas e que não importa o tamanho delas.
 Chamar a atenção das partes que constroem um ângulo: lados, vértices e medida do ângulo
 Solicitar para abrir a dobradura e registrar os graus: 0° (nulo), 45°(agudo), 90°(reto) 135° (obtuso), 180° (raso), 225°, 270° e 315°
Chamar atenção dos participantes para a classificação dos ângulos conforme a sua medida.
 Agora, com a dobradura, solicitar dos participantes para medirem as peças do tangram e registrar na própria figura o valor do ângulo;
OBSERVAÇÃO:Na sala de aula pedir para os alunos medir alguns objetos para saberem o valor dos ângulos

 Para medir um ângulo com o transferidor devemos proceder do seguinte modo:
1º Conhecer as partes de um transferidor: limbo, linha de fé e centro. Apresentar através de uma dobradura.
2º Colocar o centro do transferidor “O” no vértice do ângulo;
3º Fazer coincidir a linha horizontal que passa pelo centro com um dos lados do ângulo;
4º medir a graduação correspondente ao outro lado do ângulo.

Etapa 5: Calculando o perímetro, utilizando a unidade (quadrinho)
 Solicitar dos participantes para calcular o perímetro dos polígonos (tangram).
( Escolher 3 polígonos: quadrado, paralelogramo e o triangulo grande)
Etapa 6:Calculando a área dos polígonos

 Solicitar dos participantes para calcular a área dos polígonos (tangram)
Quadrado – medida do lado x medida do lado ou l x l²
Paralelogramo – medida de base x medida de altura ou b x h
Triângulo – medida de base x medida da altura: 2 ou b x h : 2
Etapa 7: Construindo uma figura com as peças do Tangram.
 Nesse momento o formador apresentar sugestões de figuras no data show e também veste o avental para caracterizar o momento.
 Entregar para os participantes 2 folhas de papel chamex.
 Solicitar dos participantes a construção de uma figura com as peças do
Tangram.
OBS: Sugerimos que poderá ser feita uma Produção de texto com a figura. Apresentar a sugestão no data show.
Etapa 8: Conclusão da Oficina: Jogo - ângulos na memória
 Entregar para os participantes um envelope contendo as peças do jogo e as instruções.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- Fluxo das Aulas Programa Circuito Campeão/2009
- Referencial Curricular /2009
- Guia do Cursista: Tecnologia na Educação: Ensinando e Aprendendo com as TIC – MEC.2008

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

MEMORIAL REFLEXIVO: TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO
ENSINANDO E APRENDENDO COM AS TICS

O computador pode ser usado na educação como máquina de ensino ou como ferramenta. O uso do computador como máquina de ensinar consiste na informatização dos métodos de ensino tradicional. Refletindo sobre o curso, tive grande conhecimento pessoal e profissional no meu dia a dia com os recursos tecnológicos que a escola dispõe.
No inicio foram muitas as dificuldades, porque muitas coisas eram novidades, na horas de fazer as postagem das atividades tive bastante dificuldade, mas com a ajudas das tutoras do NTE e colegas de curso fui superando as dificuldades, não foi fácil mas conseguir.
O curso me proporciono uma grande mudança na minha pratica pedagógica de ensino aprendizagem, no decorrer do curso eu comecei a aplicar na escola o que eu aprendi em todo o curso.
Podemos perceber, então, que os indivíduos têm novas possibilidades de interatividade com o avanço das TIC e, através de uma relação interativa com os equipamentos
(computadores), têm viabilizados conteúdos digitalizados em seu monitor, os quais são transmitidos
através do acesso à Internet. Mas as possibilidades das comunidades virtuais não se esgotam.
nesta facilidade de distribuição de conteúdos digitais. Elas se estendem para as facilidades de
interação entre as pessoas, possibilitando a construção do conhecimento e a produção de trabalhos
em equipe.
A utilização de recursos tecnológicos na escola é uma preocupação constante de alguns profissionais da área de educação, já que os equipamentos são aliados valiosos no processo de ensino aprendizagem, desde que sejam conscientemente incorporados ao projeto pedagógico.

sábado, 3 de julho de 2010

Relato de experiência

Relato de Experiências

Tal como em relação a outros materiais, também as novas tecnologias e o seu contributo para esta educação multicultural dependem largamente da atitude e das escolhas do educador. Contudo, importa salientar que existe software educativo que valoriza a diversidade social e cultural a vários níveis. Mas, mais do que qualquer software educativo, pensamos que o verdadeiro potencial das novas tecnologias neste âmbito reside efectivamente na utilização da Internet para acesso a conhecimento sobre outras realidades e culturas, bem como nas possibilidades de comunicação que a esse nível se podem estabelecer. Este conjunto de possibilidades permite-lhes expandir a sua visão do mundo, conhecer, questionar e compreender a sua diversidade.
A acessibilidade surge como importante por vários motivos: Permite às crianças saber quando está disponível; Favorece a integração entre os que estão a usar o computador e as crianças envolvidas noutras atividades; Encoraja as crianças a aprenderem umas com as outras, cria oportunidades de tutoria entre pares e, simultaneamente, facilita a integração das atividades desenvolvidas na globalidade do trabalho curricular.
Para além dos programas utilitários mais comumente utilizados pelos adultos (Word, Paint, Power-Point) e que são igualmente úteis e adequados para serem utilizados por crianças, mesmo as de pré-escolar, cabe ao educador selecionar alguns programas, de caráter especificamente educativo, que possam ser utilizados pelas crianças.
Para isso, precisamos de professores que realmente dominam as tecnologias que são oferecidas nas escolas.

sábado, 26 de junho de 2010

Plano de aula

Planejamento
Escola Estadual Alfredo Nasser
Disciplina: Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, Artes e Ed. Física
Ano: 2º ano do Ensino Fundamental
Duração da Atividade: 5 aulas de 50 minutos
Professora: Priscila Xavier

Língua Portuguesa: Produzir texto a partir da história, texto inigmático trabalhar com a letra “Z”.
Matemática: Quantidades, formas geométricas, lista temática dos animais.
Arte: trabalhar as cores, confeccionar cada bichinho da história com papel laminado ou material reciclável.
Ed. Física: Dramatizar os bichos da história.
Objetivo da Aula: A partir de histórias da literatura infantil refletir sobre a atitude de se influenciar com opiniões alheias, se desvalorizando.
• Associar a questão da influência negativa presente em outras histórias.
• Dramatizar histórias.
• Participar coletivamente de atividades propostas.
• Valorizar seu jeito de ser e conviver com as diferenças.
A ZEROPÉIA
(Herbert de Souza – BETINHO)
Ia uma centopéia com suas cem patinhas pelo caminho quando topou com uma barata.
Vendo tantas patinhas num bicho só, a barata ficou boquiaberta:
-Mas Dona Centopéia pra que tantas patinhas? A senhora precisa mesmo delas? Olha, eu tenho só seis e são mais do que suficientes! Posso fazer tudo, correr, trepar nas paredes, me esconder nos buracos. Ninguém consegue me acertar na primeira, nem na segunda chinelada!
- É – respondeu a centopéia -, eu não havia pensado nisso! E olha que tenho essas cem patinhas desde que nasci cinqüenta de um lado e cinqüenta do outro...
- Como à senhora faz quando tem uma coceira? – perguntou a barata - Já imaginou o trabalhão, coçando daqui e dali sem parar? Deve ser um inferno ter tantas patinhas! Por que a senhora não amarra noventa e quatro e fica com seis como eu? Vai ficar muito mais fácil e a senhora vai poder inclusive correr muito mais, como eu.
A centopéia nem pensou e amarrou as noventa e quatro patinhas. Doeu um pouco com todos aqueles nós, mas era necessário, e continuou a andar.
Lá na frente se encontrou com um boi.
Quando o boi viu a centopéia andando com seis patas ficou intrigado:
- Dona centopéia por que seis patas? Para que tantas? Olhe, eu só tenho quatro e faço o que quero! Corro, participo de touradas, pulo cerca quando quero, sou forte e todo mundo me admira! Por que a senhora não amarra mais duas patinhas e fica com quatro? Vai ficar mais ágil e vai correr tanto quanto eu...
A centopéia amarrou mais duas patinhas. Doeu um pouco, já estava quase dando cãibra,
mas era necessário, e continuou a andar.
Lá mais na frente, já andando com certa dificuldade, a centopéia se encontrou com
o macaco.
Quando o macaco viu a centopéia andando com quatro patas, ficou curioso.
Olhou bem, contou e recontou, e não se conteve:
- Mas... Dona centopéia, por que tanta pata se a senhora pode andar com apenas duas, como eu?Veja como eu faço: pulo de galho em galho, corro, ninguém me pega nesta floresta. Por que a senhora não amarra mais duas patinhas e fica assim, como eu?
A centopéia nem pensou e amarrou mais duas patinhas. Agora só tinha duas patinhas livres, poderia viver em paz, como a maioria dos bichos da floresta, e se parecia até com as pessoas, podia até pensar em ter nome de gente, como Maria ou Florinda.
E continuou a andar, com muita dificuldade, mas tranqüila. Havia seguido todos os conselhos que recebera pelo caminho.Velhos tempos aqueles em que tinha cem patinhas livres!Quanto trabalho à toa! E continuou a andar.
Mas lá na volta do caminho, de repente, viu a dona cobra!
A centopéia sentiu um friozinho na barriga.
- I! – pensou ela – a dona cobra nem patas têm!
Não deu outra. Quando a cobra viu a centopéia com suas duas patinhas, foi logo parando
e dizendo:
- Por que andar com essas duas patas num corpo tão comprido e desajeitado? Será que você não sente que está sendo ridícula andando só com duas patas? E, afinal de contas, pra que patas pra andar? Não vê como eu corro, escapo, ataco, meto medo, serpenteio, subo em árvores e até nado sem patas? Por que não completa a obra e amarra tudo de uma vez?
A centopéia então, amarrou as suas últimas patinhas, pensando que podia ser que nem a cobra. E não podia. Ali mesmo ficou pedindo socorro e gritando por todos os bichos da floresta:- Ei, dona barata, seu boi, seu macaco, dona cobra! Venham me ajudar! Não consigo mais andar! Eu, que tinha cem patinhas, deixei de ser uma centopéia e acabei virando uma zeropéia!A turma da floresta, pra concertar a situação, teve então uma idéia, a de fazer um carrinho bem comprido para a centopéia poder se locomover. A centopéia ia virar a primeira zeropéia motorizada da floresta!
- Mas como é que eu vou dirigir esse carro se não tenho mais patinhas?
Foi um drama! Os bichos foram logo discutindo:
- A barata dirige, pois foi ela quem mandou amarrar noventa e quatro patinhas de uma só vez!
- Não, não, não! Dirige o boi, que mandou amarrar mais duas patas!
- Melhor o macaco, que mandou amarrar mais duas.
- Negativo! Dirige a cobra, que mandou amarrar tudo. Até que a centopéia se deu conta, pensou bem pensado e disse para todo mundo:
- É, gente, a culpa é minha! Eu não devia ter escutado essa conversa fiada de amarrar patinhas! Eu não sou barata, não sou boi, não sou macaco e nem cobra; eu sou é eu mesma, uma centopéia que quase virou uma zeropéia.
A centopéia agradeceu o carrinho, mas, mandou a bicharada desamarrar todas as suas patinhas. E decidiu que o mais importante era ser ela mesma e ter as suas próprias idéias na cabeça...






Aula 1
Conversar com os alunos sobre a centopéia, destacando sua característica marcante que é ter muitas pernas.
Ler para a turma a história da Zeropéia.
SINOPSE
Zeropéia é a história de uma centopéia que se influencia pela opinião de outros bichos que lhe dão conselho para amarrar as próprias pernas, contando cada um vantagens pelo número de pernas que possuem.
Assim, a centopéia vai amarrando gradativamente suas pernas até acabar no final, sem conseguir se locomover.
A centopéia termina a história se rebelando e assumindo o seu próprio jeito de ser.
Depois da história contada, conversar sobre o que acharam da história e da atitude da centopéia.
Aula 2
Propor a dramatização.
A sugestão é improvisar a caracterização dos personagens com roupas da cor dos bichos e máscaras feitas pelos alunos com cartolina ou usar as de cabeça de espuma, vendidas em algumas lojas de artigos de fantasias.
Um aluno poderia fazer a cabeça da centopéia, outros poderiam fazer o corpo e muitas pernas.
Ainda aparecem na história , os seguintes personagens:
• Formiguinha
• Boi
• Macaco
• Cobra
Então combinar os papéis, ensaiar as falas com a turma para a apresentação. Também poderia propor fazê-la para outra turma e até se for possível, para os pais.

Aula 3
Trabalhar com o livro do Sanduíche da Maricota ou propor que outra turma realize a atividade.
Ler a história para a turma.

SINOPSE
É a história de uma galinha que ao montar seu sanduíche, dá ouvido a palpites de alguns animais que sugerem ingredientes de acordo com suas preferências. Quando por último, aparece uma raposa esperta que faz Maricota repensar seu sanduíche. É quando a galinha se rebela e monta o sanduíche a seu gosto; seguindo sua primeira ideia.
Depois da história contada, seguir o encaminhamento apresentado para a história da Zeropéia, conversar sobre a história e a atitude da galinha.
AULA 4
Combinar uma dramatização com os alunos da turma, escolher os papéis (personagens) e ensaiar as falas para a apresentação. Seguir sugestão apresentada na Aula 2, sobre caracterização dos personagens.

Aula 5
É ideal que aconteça uma troca das histórias (da Zeropéia e da Maricota) entre turmas, que poderia ser feita posteriormente através de uma combinação entre os professores. Esta seria a proposta de um trabalho integrado. De forma que cada turma trabalhasse com um livro. Uma turma apresentaria para a outra e os professores então conversariam depois com os alunos sobre a temática que envolve ambas as histórias.
Outra possibilidade seria um professor trabalhar com sua turma as duas histórias e depois compará-las. Poderia ser uma estratégia a divisão da turma em dois grupos para realizar as duas dramatizações.
Referencias: A ZEROPÉIA (Herbert de Souza – BETINHO)
Avaliação
Acompanhar o envolvimento e a participação do grupo nas atividades propostas: do ouvir as histórias, conversar sobre a atitude dos personagens, ao dramatizar.
Conversar com o grupo sobre o que acharam da apresentação, o que foi bom e o que poderia ser melhor, com a finalidade de introduzir a auto-avaliação.
Avaliar as relações interpessoais dos alunos com o grupo de trabalho, como com todos os colegas de turma.

sábado, 22 de maio de 2010

Hipertexto

O termo hipertexto foi criado no início os anos 60 por Theodore Nelson, para exprimir a idéia de escrita/ leitura não linear, em um sistema de informática. Tecnicamente, um hipertexto é um conjunto de dados ligados entre si por conexão, que podem ser palavras, imagens, gráficos seqüências sonoras, etc. Recentemente tem sido empregado o termo HIPERDOCUMENTO que ressalta a utilização de múltiplos recursos de mídia num único documento em busca dissociar a idéia de apresentação textual da informação. A compreensão do conceito do hipertexto se dá com o conhecimento de algumas conceitos elementares e a forma como os hipertextos diferem dos documentos em papel a que estamos habituados.
O hipertexto só existe para o leitor depois que o computador o exibe e cada acto de leitura pode então funcionar como recriação (quer no sentido de criar de novo quer como divertimento) textual. Os criadores Michael Joyce e Stuart Moulthrop, por exemplo, utilizaram as infinitas potencialidades literárias e ficcionais do hipertexto com obras concebidas para computadores Macintosh, respectivamente, Afternoon: A Story (1990) e Victory Gardens (1990), onde o leitor pode navegar entre diferentes lexias, a designação de Barthes que mais se aproxima das unidades de informação que compõem o hipertexto. De notar também que o autor de um hipertexto não mais pode colocar-se numa posição de omnisciência sobre o texto, ao contrário do autor tradicional que controla (ou cria personagens que controlam) de alguma forma o sentido da leitura e os passos lineares do leitor. O autor de um hipertexto não pode começar nem acabar a sua obra, pois esses limites, pela sua natureza dinâmica, estão sempre entreabertos à criatividade literária do leitor e à sua competência tecnológica também. A omnisciência hipertextual é agora uma experiência colectiva e ilimitada, nunca se podendo fechar a si própria num único sentido.
A este nível, e diluindo cada vez mais a relação entre leitor e autor, o hipertexto pode fazer uso da intertextualidade de uma forma que o texto impresso tradicionalmente não pode, o que nos permite prever uma progressiva libertação deste tipo de texto de um certo determinismo socio-histórico e aproximar a criação textual de um processo mais aberto de infinitas interligações.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Quem sou eu professor aprendiz

O professor deve saber O QUÊ? COMO? QUANDO? E POR QUÊ desenvolver determinadas ações pedagógicas.
Ser professor e aprendiz é estar constantemente atualizando-se, aprender a aprender, apropriar-se das tecnologias disponíveis, para que possamos formar cidadãos autônomos. Sendo assim precisamos estar sempre motivados a buscar novas metodologias de ensino contextualizando as informações, não bastando somente ter acesso a informação, mas saber buscá-la nas diversas fontes e saber também transformá-las em conhecimentos, levando o indivíduo a resolver problemas da vida pessoal e profissional. Para isso, devemos nos sintonizar com o mundo, e isso só é possível se nós educadores formos simultaneamente mestre e aprendiz.
Na minha vida enquanto professora e aprendiz, busco um entrosamento maior com as tecnologias existentes na minha escola, utilizando-as nas atividades diárias com meus alunos, sempre procurando ensinar e aprender, pois acredito que a troca de conhecimentos é muito importante em nossa prática pedagógica, sendo essa troca tanto com profissionais da área quanto com os próprios alunos.
Sempre busco atividades diferentes que desperte o interesse dos alunos fazendo com que eles gostem da minha aula e sintam-se a vontade para colocar suas idéias, questionar e sugerir atividades.
Sempre procuro conquistar a confiança do aluno e mostrar para ele que não estou ali somente para ensinar, mas também para aprender junto com ele e que seus conhecimentos e experiências de vida são muito importantes, pois é partindo desse conhecimento que planejo minhas aulas.
Sempre que posso quebro a rotina de sala de aula, levando-os para assistir um vídeo, filme, documentários, experiências, já previamente discutidas com os próprios alunos, buscando sempre o que mais lhes interessam.
Procuro utilizar sempre todos os recursos existentes na escola e quando percebo que a aula não está interessante para os alunos, confesso que fico frustrada e tento imediatamente mudar minha metodologia de trabalho, pois acho que quando os alunos não participam ativamente da aula, não há aprendizagem. Para isso é preciso que o mesmo interaja com os colegas, com o professor e com o meio em que vive.
Ser professor e aprendiz hoje, não é fácil, pois esbarramos em uma série de dificuldades. As escolas públicas não oferecem condições dignas de trabalho e nem salários adequados para que o professor possa desenvolver um trabalho de qualidade e tão pouco condições de estar constantemente atualizando- se, aperfeiçoando-se e adequando-se as novas tecnologias que avançam a cada dia de maneira espantosa. É um desafio, e desafio estão aí para serem superados, não posso cruzar os braços, vendo as coisas acontecerem, preciso também fazer acontecer.