Planejamento
Escola Estadual Alfredo Nasser
Disciplina: Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, Artes e Ed. Física
Ano: 2º ano do Ensino Fundamental
Duração da Atividade: 5 aulas de 50 minutos
Professora: Priscila Xavier
Língua Portuguesa: Produzir texto a partir da história, texto inigmático trabalhar com a letra “Z”.
Matemática: Quantidades, formas geométricas, lista temática dos animais.
Arte: trabalhar as cores, confeccionar cada bichinho da história com papel laminado ou material reciclável.
Ed. Física: Dramatizar os bichos da história.
Objetivo da Aula: A partir de histórias da literatura infantil refletir sobre a atitude de se influenciar com opiniões alheias, se desvalorizando.
• Associar a questão da influência negativa presente em outras histórias.
• Dramatizar histórias.
• Participar coletivamente de atividades propostas.
• Valorizar seu jeito de ser e conviver com as diferenças.
A ZEROPÉIA
(Herbert de Souza – BETINHO)
Ia uma centopéia com suas cem patinhas pelo caminho quando topou com uma barata.
Vendo tantas patinhas num bicho só, a barata ficou boquiaberta:
-Mas Dona Centopéia pra que tantas patinhas? A senhora precisa mesmo delas? Olha, eu tenho só seis e são mais do que suficientes! Posso fazer tudo, correr, trepar nas paredes, me esconder nos buracos. Ninguém consegue me acertar na primeira, nem na segunda chinelada!
- É – respondeu a centopéia -, eu não havia pensado nisso! E olha que tenho essas cem patinhas desde que nasci cinqüenta de um lado e cinqüenta do outro...
- Como à senhora faz quando tem uma coceira? – perguntou a barata - Já imaginou o trabalhão, coçando daqui e dali sem parar? Deve ser um inferno ter tantas patinhas! Por que a senhora não amarra noventa e quatro e fica com seis como eu? Vai ficar muito mais fácil e a senhora vai poder inclusive correr muito mais, como eu.
A centopéia nem pensou e amarrou as noventa e quatro patinhas. Doeu um pouco com todos aqueles nós, mas era necessário, e continuou a andar.
Lá na frente se encontrou com um boi.
Quando o boi viu a centopéia andando com seis patas ficou intrigado:
- Dona centopéia por que seis patas? Para que tantas? Olhe, eu só tenho quatro e faço o que quero! Corro, participo de touradas, pulo cerca quando quero, sou forte e todo mundo me admira! Por que a senhora não amarra mais duas patinhas e fica com quatro? Vai ficar mais ágil e vai correr tanto quanto eu...
A centopéia amarrou mais duas patinhas. Doeu um pouco, já estava quase dando cãibra,
mas era necessário, e continuou a andar.
Lá mais na frente, já andando com certa dificuldade, a centopéia se encontrou com
o macaco.
Quando o macaco viu a centopéia andando com quatro patas, ficou curioso.
Olhou bem, contou e recontou, e não se conteve:
- Mas... Dona centopéia, por que tanta pata se a senhora pode andar com apenas duas, como eu?Veja como eu faço: pulo de galho em galho, corro, ninguém me pega nesta floresta. Por que a senhora não amarra mais duas patinhas e fica assim, como eu?
A centopéia nem pensou e amarrou mais duas patinhas. Agora só tinha duas patinhas livres, poderia viver em paz, como a maioria dos bichos da floresta, e se parecia até com as pessoas, podia até pensar em ter nome de gente, como Maria ou Florinda.
E continuou a andar, com muita dificuldade, mas tranqüila. Havia seguido todos os conselhos que recebera pelo caminho.Velhos tempos aqueles em que tinha cem patinhas livres!Quanto trabalho à toa! E continuou a andar.
Mas lá na volta do caminho, de repente, viu a dona cobra!
A centopéia sentiu um friozinho na barriga.
- I! – pensou ela – a dona cobra nem patas têm!
Não deu outra. Quando a cobra viu a centopéia com suas duas patinhas, foi logo parando
e dizendo:
- Por que andar com essas duas patas num corpo tão comprido e desajeitado? Será que você não sente que está sendo ridícula andando só com duas patas? E, afinal de contas, pra que patas pra andar? Não vê como eu corro, escapo, ataco, meto medo, serpenteio, subo em árvores e até nado sem patas? Por que não completa a obra e amarra tudo de uma vez?
A centopéia então, amarrou as suas últimas patinhas, pensando que podia ser que nem a cobra. E não podia. Ali mesmo ficou pedindo socorro e gritando por todos os bichos da floresta:- Ei, dona barata, seu boi, seu macaco, dona cobra! Venham me ajudar! Não consigo mais andar! Eu, que tinha cem patinhas, deixei de ser uma centopéia e acabei virando uma zeropéia!A turma da floresta, pra concertar a situação, teve então uma idéia, a de fazer um carrinho bem comprido para a centopéia poder se locomover. A centopéia ia virar a primeira zeropéia motorizada da floresta!
- Mas como é que eu vou dirigir esse carro se não tenho mais patinhas?
Foi um drama! Os bichos foram logo discutindo:
- A barata dirige, pois foi ela quem mandou amarrar noventa e quatro patinhas de uma só vez!
- Não, não, não! Dirige o boi, que mandou amarrar mais duas patas!
- Melhor o macaco, que mandou amarrar mais duas.
- Negativo! Dirige a cobra, que mandou amarrar tudo. Até que a centopéia se deu conta, pensou bem pensado e disse para todo mundo:
- É, gente, a culpa é minha! Eu não devia ter escutado essa conversa fiada de amarrar patinhas! Eu não sou barata, não sou boi, não sou macaco e nem cobra; eu sou é eu mesma, uma centopéia que quase virou uma zeropéia.
A centopéia agradeceu o carrinho, mas, mandou a bicharada desamarrar todas as suas patinhas. E decidiu que o mais importante era ser ela mesma e ter as suas próprias idéias na cabeça...
Aula 1
Conversar com os alunos sobre a centopéia, destacando sua característica marcante que é ter muitas pernas.
Ler para a turma a história da Zeropéia.
SINOPSE
Zeropéia é a história de uma centopéia que se influencia pela opinião de outros bichos que lhe dão conselho para amarrar as próprias pernas, contando cada um vantagens pelo número de pernas que possuem.
Assim, a centopéia vai amarrando gradativamente suas pernas até acabar no final, sem conseguir se locomover.
A centopéia termina a história se rebelando e assumindo o seu próprio jeito de ser.
Depois da história contada, conversar sobre o que acharam da história e da atitude da centopéia.
Aula 2
Propor a dramatização.
A sugestão é improvisar a caracterização dos personagens com roupas da cor dos bichos e máscaras feitas pelos alunos com cartolina ou usar as de cabeça de espuma, vendidas em algumas lojas de artigos de fantasias.
Um aluno poderia fazer a cabeça da centopéia, outros poderiam fazer o corpo e muitas pernas.
Ainda aparecem na história , os seguintes personagens:
• Formiguinha
• Boi
• Macaco
• Cobra
Então combinar os papéis, ensaiar as falas com a turma para a apresentação. Também poderia propor fazê-la para outra turma e até se for possível, para os pais.
Aula 3
Trabalhar com o livro do Sanduíche da Maricota ou propor que outra turma realize a atividade.
Ler a história para a turma.
SINOPSE
É a história de uma galinha que ao montar seu sanduíche, dá ouvido a palpites de alguns animais que sugerem ingredientes de acordo com suas preferências. Quando por último, aparece uma raposa esperta que faz Maricota repensar seu sanduíche. É quando a galinha se rebela e monta o sanduíche a seu gosto; seguindo sua primeira ideia.
Depois da história contada, seguir o encaminhamento apresentado para a história da Zeropéia, conversar sobre a história e a atitude da galinha.
AULA 4
Combinar uma dramatização com os alunos da turma, escolher os papéis (personagens) e ensaiar as falas para a apresentação. Seguir sugestão apresentada na Aula 2, sobre caracterização dos personagens.
Aula 5
É ideal que aconteça uma troca das histórias (da Zeropéia e da Maricota) entre turmas, que poderia ser feita posteriormente através de uma combinação entre os professores. Esta seria a proposta de um trabalho integrado. De forma que cada turma trabalhasse com um livro. Uma turma apresentaria para a outra e os professores então conversariam depois com os alunos sobre a temática que envolve ambas as histórias.
Outra possibilidade seria um professor trabalhar com sua turma as duas histórias e depois compará-las. Poderia ser uma estratégia a divisão da turma em dois grupos para realizar as duas dramatizações.
Referencias: A ZEROPÉIA (Herbert de Souza – BETINHO)
Avaliação
Acompanhar o envolvimento e a participação do grupo nas atividades propostas: do ouvir as histórias, conversar sobre a atitude dos personagens, ao dramatizar.
Conversar com o grupo sobre o que acharam da apresentação, o que foi bom e o que poderia ser melhor, com a finalidade de introduzir a auto-avaliação.
Avaliar as relações interpessoais dos alunos com o grupo de trabalho, como com todos os colegas de turma.
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Há 12 anos
Olá Priscila!
ResponderExcluirGostei da sua aula, continue aperfeiçoando seu blog. Parabéns!
Rosita Félix - Supervisora do Curso Ensinando e Aprendendo com as TIC.
Olá, Priscila,
ResponderExcluirComo o seu Plano de aula ficou rico, adorei! Continue navegando nos blogs das colegas e levando as sugestões para a sua escola. Parabéns!
Um abraço encantado!
Hosana de Fátima
Priscila;
ResponderExcluirGostei muito de seu plano de aula. Será uma excelente ferramenta de apoio para os demais professores. Conheco seu potencial e sei que você é um show!
Parabéns!
Eliana